

Você sabe por que está liderando?
Qual é a história que a sua liderança está contando? Você já teve a sensação de estar se esforçando, entregando resultados, fazendo tudo “certo” — e, mesmo assim, parecer não avançar tanto quanto poderia?
Nem sempre o que nos impede é óbvio. Às vezes, é justamente o que deixamos de nomear que mais nos limita.

O que mora nas entrelinhas?
Muitos líderes chegam até mim buscando clareza. Alegam desafios com a sobrecarga, excesso de reuniões, pressão constante. Mas, quando mergulhamos mais fundo, encontramos algo menos visível, porém muito influente: medos disfarçados de cautela, autoexigência excessiva mascarada de comprometimento, crenças silenciosas de desmerecimento.
É nesse lugar que atua uma mentoria prática e, ao mesmo tempo, conectada a conhecimentos terapêuticos — não como um manual de instruções, mas como um processo de escuta honesta, confrontos produtivos e ressignificação interna.
Às vezes, o maior desafio não está nas circunstâncias externas, mas nas histórias internas que seguimos repetindo sem perceber. Até quando um líder pode sustentar a performance do time sem sustentar a si mesmo?
Quando o não dito retém seu brilho.
Lembro de um mentorado com alto potencial. Reconhecido pela empresa e pelos pares, mas que, no fundo, sabia que poderia mais. Desejava ampliar sua influência, mas não se via assim tão capaz.
Na mentoria, ficou evidente uma dor de origem familiar: cresceu sendo comparado ao irmão, sempre visto como o “mais brilhante”. Acostumou-se a ser o segundo plano — e isso moldou silenciosamente sua autopercepção e seu lugar no mundo.
Só que essa história falava sobre ele no microcosmo familiar.
Quando exposto a novos contextos, ele poderia oferecer muito mais.
Ao reconhecer isso, estabeleceu metas ousadas e assumiu compromissos com ações menores, porém consistentes — o que chamamos de stretch goals — saindo gradualmente da zona de conforto. Hoje, ocupa um espaço de liderança mais amplo e autêntico — com uma voz ativa, reconhecida por seus pares e superiores, sendo parte integrante das decisões estratégicas.
Disciplina emocional é o que transforma intenção em impacto.
E quanto às mulheres na liderança?

Quantas ainda silenciam sua potência por sentirem que carregam o peso da representatividade? Quantas se sentem obrigadas a acertar sempre, a se destacar com perfeição, comedidas, calculadas — como se houvesse apenas um único jeito “aceitável” de ser brilhante?
Quantas histórias de limitações autoimpostas ainda ressoam em ambientes que, embora mais inclusivos, ainda exigem códigos silenciosos de adaptação? Quem te fez acreditar que o seu brilho era de menos — ou de mais?
Nem todos foram criados para brilhar — alguns aprenderam a sobreviver em silêncio.
Eu mesma já estive nesse lugar. Hesitando em ocupar um espaço que tinha muito a aportar e que eu sabia merecer. Tentando caber no lugar destinado às mulheres algumas décadas atrás. E sei como é cansativo viver entre o discurso que se prega e a prática que se evita.
Até quando você vai negociar sua potência para ser aceita?
Clareza exige coragem.
Transformar-se começa por parar de fingir que não vê. Por escutar o que incomoda. Por confrontar o que está desalinhado entre o que se diz e o que se vive.
Existe uma frase, atribuída a Marianne Williamson e popularizada por Nelson Mandela, que diz:
“Nosso medo mais profundo não é sermos inadequados. Nosso medo mais profundo é sermos poderosos além da medida. É a nossa luz, e não a nossa escuridão, que mais nos assusta.”
Esse texto foi lido na posse de Mandela. Um líder que sabia o que era brilhar — não por ego ou vaidade, mas por responsabilidade.
Na prática, vejo isso todos os dias. Pessoas com medo de mostrar sua verdadeira grandeza. De assumir sua voz. De se destacar por inteiro. Medo de se mostrar e não ser visto. Que grande frustração.
Brilhar, para muitos, sempre foi arriscado. Era ser o alvo. E muitos aprenderam a esconder sua luz — para não ameaçar ninguém ou para não serem cobrados demais.
Mas brilhar é também um ato de serviço. É escolher influenciar com verdade, mesmo sabendo que isso pode incomodar.
Você quer mesmo liderar?

Então pare de se esconder atrás de discursos e comece a agir como quem sabe sua contribuição.
Quem te acompanha nessa travessia? A jornada de crescimento exige alguém ao lado que já tenha caminhado por essas trilhas. Que saiba sustentar o desconforto da mudança e lembrar, com firmeza e cuidado, em quem você pode se tornar.
Que provoque, que sustente, que não desista de ver você inteiro.
Deixo aqui algumas perguntas para você refletir:
• O que você tem evitado encarar em sua trajetória profissional?
• O que você sente, mas ainda não teve coragem de nomear?
• Onde você já sabe o que precisa ser feito, mas está esperando permissão?
Se a sua liderança ainda não conversa com a sua verdade, talvez não seja sua liderança que precise evoluir — talvez seja você que precise voltar para o centro do seu porquê.
Se algo aí dentro pediu atenção, talvez seja hora de escolher diferente. E se quiser caminhar com alguém que suporte ver seu brilho e seus medos antes mesmo que eles se manifestem, estou aqui.
Sentiu o chamado? Clique no link abaixo, mais de 3.000 líderes impactados ao longo de minha jornada.
Em junho começa um novo ciclo da mentoria Liderança Plena 5.4.3.PRO.
